Sobre flores e amores
sábado, 16 de maio de 2009
  Sobre gostar.
É estranho quando você se pega gostando muito de alguém.
Você perde o chão, não sabe o que faz e suas mãos ficam frias. O estômago fica cheio de borboletas, você tem sempre um sorriso besta no rosto e fica pensando e fazendo planos que você nem se quer sabe se tem chances de se realizarem.
Mas é tão gostoso... É bom ter algo em que se apoiar, alguém para pensar e se confortar.

Não sei... Não sei se é paixão, amor, ou nada disso - só uma amizade especial...
Mas é bom sentir segurança quando alguém te abraça, é bom sentir que está tudo certo, tudo completo quando essa pessoa só está perto de você, sem fazer absolutamente nada.

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sexta-feira, 15 de maio de 2009
  Desabafo
Blog é bom por isso: você pode desabafar, falar o que bem entende, e como ele é só seu, ninguém tem que dizer nada.

Estou com medo de estragar tudo.
Mas como meu pensamento é positivo, tudo vai acabar bem.

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quarta-feira, 13 de maio de 2009
  O amor de Lívia
É papo longo, por isso se prepare. Separe um copo de leite com Nescau, uns biscoitinhos e alguma música relaxante, pois vou lhes contar a história de uma menina de nome Lívia, e que de leve e bonito, não tinha só o nome.

Era ainda, o que se pode chamar de pré-adolescente. Uns 13 anos, mais ou menos. Muita coisa a descobrir e a viver, muita gente para amar, corações a machucar e também muita coisa para suportar.
Era a fase de sonhar com príncipes em cavalos, histórias perfeitas com finais felizes.
Não era o tipo que os rapazes gostavam. Magrela, meio desajeitada, de pele bem clara e cabelos negros cortados na altura dos ombros, sempre desalinhados. Usava óculos e aparelho nos dentes, e suas roupas sempre pareciam largas.
Me lembro como se fosse hoje da expressão no seu rosto quando eu o apontei. "Olhe, Lívia, como ele é bonito!", e de fato era. Cabelos dourados como o mais puro ouro, meio desajeitados pelo vento. Tinha belos olhos castanho-esverdeados e um sorriso... Ah!, que sorriso! Poderia desarmar qualquer pessoa. Conversava alegremente com um amigo quase tão bonito quanto ele, pouco mais baixo, moreno de olhos muito profundos. Mas era ele - e somente ele - quem chamava a atenção.
Lívia parecia ter encontrado tudo o que havia sonhado, seus olhos ficaram vagos, observando cada passo que ele dava. Tinha um sorrisinho besta nos lábios, que por sinal, se mexiam um pouco, como se quisessem dizer algo, mas não achassem as palavras.
E continuamos subindo aquela escada do colégio, sem dizer uma palavra. Ela não quis admitir, mas estava apaixonada, e foi bem à primeira vista, como nas histórias que planejava antes de dormir.
Fez o que pôde para conhecê-lo, usou a internet para tentar se aproximar, mas nada dava resultado, nem seu nome havia descoberto. Queria a todo custo que ele a notasse, mas decerto muitas meninas faziam o mesmo, e ele passou a não se importar com nenhuma delas. Tempos depois, fiquei sabendo que era apaixonado por uma menina da sala dele, que não era tão bonita, tampouco simpática. Sabe-se lá o que ele viu nela, mas, como minha amiga, também não era retribuído no sentimento.
Os anos se passaram e ele foi para a faculdade. Lívia ficou um ano todo sem vê-lo, mas pensava nele todos os dias.
Quando minha amiga chegou aos 18, parecia outra pessoa. Como tinha ficado bonita a danada! Curvas de fazer inveja a qualquer mulher, sempre muito bem arrumada e agora, com óculos mais delicados e sem o aparelho dentário. Era dona de um charme irresistível, e de uma inteligência de deixar qualquer um de boca aberta.
Certa vez, num feriado que ele veio passar em nossa cidade, me lembro de termos cruzado com ele no shopping, saindo do cinema. Ele, é claro, olhou para Lívia, era normal. Todos olhavam. Ela, por sua vez, tentou ser indiferente, mas reparei no olhar tímido que lançava ao moço.
Bom, não sei direito como foi, mas sei que os dois acabaram se conhecendo, criando alguns laços de amizade e quando ela estava para completar 20 anos, eles se beijaram.
Foi dentro de um cinema, vendo algum filme de ação. Pelo que eu soube, foi natural, simplesmente aconteceu.
Depois disso, ficaram juntos algumas vezes, mas minha amiga nunca soube o que ele de fato sentia. Doía nela quando as outras meninas se insinuavam. Morria de medo que ele gostasse mais delas.
Lívia o amava.
Perdi contato com ela, não sei se aqueles planos de felicidade ao lado dele foram concretizados, mas espero que tenha conseguido.
Esses dias foi que me lembrei bem dela. Lívia decerto amou, sofreu e quase morreu de insegurança. Acho que aquela fase magrela deve tê-la traumatizado. Sempre achava que as outras eram melhores.
Se ele a tivesse trocado, não quero nem imaginar! Decerto teria morrido de amor.
Agora imagine, você: gostar de alguém desde os 13 anos, passar a vida amando a mesma pessoa. Não sei se acho bonito ou se acho triste. O fato é que sempre torci muito por Lívia. Era alguém que merecia muito ser feliz, e achar alguém como aquele cara, era seu sonho. Hoje, enquanto escrevo, parece que consigo enxergar os dois numa cozinha, fazendo o almoço de domingo, com umas duas crianças brincando por perto. Eram feitos um para o outro, e espero que ele tenha enxergado isso também, e que tenha feito minha amiga muito feliz!

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sexta-feira, 8 de maio de 2009
  José Carlos de Almeida e Silva
Mário,

Querido irmão, sua última carta nos trouxe muita alegria e muito alívio por mostrar como a cidade grande tem te tratado.
A mãe ficou muito feliz quando falei que tínhamos recebido carta sua, havia tempos, me perguntava todos os dias se você tinha mandado notícia.
Sentimos muito a sua falta, mano. Principalmente eu.
Desde que o pai morreu, a mãe tem estado muito triste, às vezes a sinto desistindo da vida.
Toda manhã a vejo chorando perto da tal cadeira de balanço que ele adorava, dizendo a ele como sente falta daquela música triste. Esses dias a ouvi dizer que ele não podia tê-la deixado, porque depois de sua partida, ela também havia perdido o filho para a cidade grande. Tenho tentado colocar na cabecinha dela que você foi para São Paulo para nos ajudar, porque aqui nas plantações de café, não teríamos chances de conseguir sequer pagar as contas de água e luz. Mário, a mãe tá com medo que você sofra preconceitos por ser negro, mas eu disse a ela que não importa a cor da sua pele, você sempre vai poder provar a todos o grande cara que é, aqui ou na capital.
Sabe, mano, sinto falta das tardes que passávamos juntos, também. Sinto saudade da infância jogando bola de gude e correndo atrás dos porcos da fazendo do patrão.
Tenho fé que em breve estaremos juntos de novo, lembrando do pai e daqueles bons tempos em que éramos completamente felizes e sabíamos.
Sobre a sua amada, como é bonita! Você é um cabra esperto, logo se vê. Tentei mostrar a foto para a mãe, mas ela já não enxerga quase nada. Disse que a moça era bonita, mas percebi que mal enxergava, pois apertava tanto os olhos para ver, que quase os fechava.
E que loucura esse negócio de televisor a cores, não é mesmo? Nós, caipiras, que mal conhecemos o aparelho em preto e branco, ficaríamos maravilhados com essas invenções do povo da cidade.
Mário, se lembra da Meire, filha do patrão? Você não imagina como cresceu e está incrivelmente bonita. Aqueles olhos cor de mel, outrora redondos e ingênuos, agora se transformaram em grandes armas de sedução. As sardas sobre o nariz a deixam com um ar travesso que me encanta, e combinam perfeitamente com o sorriso irresistivelmente delicioso que tem. E seus cachos, aqueles que costumávamos dizer que pareciam pequenas molas só para irritá-la, hoje caem suavemente por seus seios que agora estão bem mais fartos do que quando você foi embora, mano. Outro dia, na lavoura de café, ela veio conversar, perguntar de você, saber como a mãe estava, e me lançou uns olhares, aqueles que você bem sabe. Tenho medo do que estou sentindo por ela. Medo pela reação do patrão se alguma coisa acontecesse, entende?
Quase me esqueço! Toda vez que saio para a fazenda, para ir trabalhar, encontro com a Janete. Irmão, não sei o que é que você tem, mas a pretinha te ama! Desde que você foi, a expressão dela tem sido mais triste e fechada. Acho que não superou o término do noivado quando você foi para São Paulo.
E me diga também, como tem se virado sem mim e sem a mãe? Ela falou para te perguntar sobre sua alimentação, pois você nunca foi lá muito regrado para essas coisas. Disse para se cuidar, porque não te quer doente, e que agora, sem o pai, nós é que temos de cuidar dela, porque logo é ela que nos deixa e precisa ser paparicada antes disso. Te confesso que nessa hora meu peito doeu. Olhei para ela e vi aqueles olhos que nos fitavam quando queríamos aprontar alguma, e os vi cansados, quase se fechando. Os cabelos dela, mano, já se parecem com um monte de algodão, estão cada vez mais branquinhos. E ela também emagreceu um pouco, deve ser a angústia pela ausência tua e do pai.
Ficamos curiosos para saber do seu trabalho também, o que você está fazendo?
Estamos muito curiosos sobre essa tua nova vida, mano.
E a propósito, muito obrigada pelo dinheiro, usamos para pagar o gás e a conta na venda do João.
Olhe essa foto da nossa capela que recortei do jornal, eu e a mãe resolvemos mandar para tampar um pedacinho desse buraco que a saudade deve estar te fazendo.
Mário, fica com Deus, e nunca se esqueça que estaremos sempre aqui para você.

Um beijo meu e outro da mãe pretinha,

Zeca

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quinta-feira, 7 de maio de 2009
  Tudo
"Todas as coisas
do mundo não
cabem numa
idéia. Mas tudo
cabe numa
palavra, nesta
palavra TUDO."

Arnaldo Antunes

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quarta-feira, 6 de maio de 2009
  Mário Antônio de Almeida e Silva
Querido irmão Zeca,

Não tive tempo de responder suas últimas cartas, porque tenho trabalhado muito.
Vir para a cidade grande foi uma boa escolha! Tenho ganhado bastante dinheiro, conhecido mulheres muito interessantes e participado intensamente da vida cultural dessa terra.
Ah!, Zeca, você e a mãe precisam ver como aqui é bonito! Logo que juntar dinheiro, mando passagens para vocês virem me visitar. Estou num quarto alugado em uma pensão, mas logo vou poder comprar minha casinha.
Irmão, estou apaixonado. Vem surgindo nos últimos tempos a moça da voz mais bonita que eu jamais ouvi. Chama-se Elis, canta como um anjo! Dizem que possui gênio forte, é chamada de Pimentinha. Algo em seus olhos fez com que eu caísse de amores por ela. Faz espetáculos frequentemente no eixo Rio-São Paulo, e agora foi convidada para participar de um programa de televisão chamado Noites de Gala. Olhe essa foto dela que saiu no jornal local, e mostre para a mãe também.
Falando em televisão, acredite, Zeca, por aqui chegou uma novidade: transmissão a cores! Vocês tem que ver a maravilha que é. É claro que não comprei, pois são muito caras, mas andei olhando em algumas lojas.
Sabe, Zeca, sinto saudade do campo, de acordar com o galo cantando e daquele verde bonito pela janela do quarto. Se não precisássemos tanto do dinheiro, voltaria correndo para perto de vocês. Depois que o pai se foi, minha vida mudou muito.
Ah!, mano, como é ruim ficar sozinho durante a noite, lembrando dos tempos em que ajudávamos nossos pais na plantação e com o leite fresco. Sinto muita falta daquele gosto forte do leite tirado na hora. Aqui é tudo diferente, perto do que tomávamos por aí, o leite da cidade parece água.
Por aqui também não tem os pássaros que cantam alegres por aí. Só se ouve o barulho dos carros, ou, quando estou na fábrica, o som das máquinas funcionando.
O ar daqui também é um pouco mais pesado, provavelmente por causa da fumaça que toda essa evolução tecnológica traz. Sinto falta do cheiro de mato fresco.
Por esses dias, passei em frente a uma padaria, e o cheiro do pão saindo do forno, me lembrou as tardes em que a mãe batia a massa, para que o pai tivesse um café da manhã fresquinho no outro dia.
Sabe, Zeca, ainda me dói falar do pai, você não imagina como sinto saudade daquele velho implicante. Às vezes me pego lembrando dos finais de tarde aos domingos, quando ele sentava naquela cadeira de balanço velha, acendia o cigarrinho de palha e botava o rádio no último volume para ouvir aquela música caipira que até doía dentro da gente. Essa imagem me conforta nos momentos de maior solidão.
Mande um beijo para a mãe, e leia essa carta para ela. Diga que estou muito bem, apesar da falta do campo na minha vida.
Mano, estou mandando um quantia pequena em dinheiro, para ajudar em algumas despesas. Se precisarem de alguma coisa, me avise! Posso não responder às cartas imediatamente, mas leio todas elas, e farei o possível para ajudar.
Espero ter tranquilizado vocês sobre qualquer preocupação a meu respeito.

Um beijo em você e outro na mãe, morrendo de saudades,

Seu irmão,
Mário.

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terça-feira, 5 de maio de 2009
  Só tinha de ser com você

"Você que é feito de azul

Me deixa morar nesse azul

Me deixa encontrar minha paz

Você que é bonito demais

Se ao menos pudesse saber

Que eu sempre fui só de você

Você sempre foi só de mim"

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segunda-feira, 4 de maio de 2009
 
-Fale comigo, - pedia - diga qualquer palavra. Mas por favor, não fique em silêncio. Isso está me sufocando.
-Não posso, meus pensamentos engoliram as palavras impiedosamente - respondeu com ar sério, quase indiferente.
-Certo, então ficaremos ambos sentados, olhando para o nada, procurando coisa alguma, até que você resolva me dizer o que está pensando?
-Quer mesmo que eu diga o que estou pensando? - desafiou - Quer de verdade que eu fale como me sinto com tudo isso que aconteceu?
-Só quero saber o que fazer para te ajudar.
-Pois bem, então ouça: tenho raiva de você, como nunca tive de alguém. Teu par de olhos verdes e teu olhar doce, eles quase me sufocam, porque não consigo fugir deles. É como se algo dentro deles me prendesse contra a minha vontade, e me segurasse ali. Penso nisso todas as horas dos meus dias. E tua boca... Sempre a imagino colada na minha, sempre tão macia e convidativa. Na minha mente teus lábios estão sempre quentes e suaves. Esses teus cabelos amarelos também me irritam, porque sempre me dá vontade de tê-los entre meus dedos, para que eu possa acariciá-los. Odeio a imagem de você dormindo calmo, quase como um anjo bom que me traz paz. Teu abraço é o que mais me incomoda, porque gosto de me sentir presa em teus braços. É como se fossem feitos para me esquentar, me proteger. O mundo sempre para quando você me abraça. Está vendo todas essas cores da cidade? Olhe pela janela!- ambos olharam para o céu azul e as construções imponentes da cidade grande- São fortes, quentes e bonitas. Mas deixam de existir quando estamos juntos, porque para mim, nessas horas, só existimos nós dois. Também não gosto de sentir tua falta, é como se meus órgãos fossem arrancados e um vazio ou uma escuridão pudessem tomar conta de tudo dentro de mim. Meu rosto arde e meu peito dói só de te imaginar nos braços de outras, beijando outras bocas que não a minha ou de pensar no teu corpo sobre outros corpos.
Fez-se um silêncio que logo foi quebrado:
-Não gostou do que ouviu, não foi?
-Na verdade, só não sei o que pensar.
-Não pense que vou te cobrar retribuição algum dia, não posso.
-Sei disso. Mas preciso saber como agir daqui pra frente.
-Só te peço que não me engane. A verdade pode doer, mas ao menos poderá me nortear. Será mais fácil saber o que fazer - desabafou, levantando-se e indo em direção à porta.

Saiu sentindo-se maior do que nunca.

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domingo, 3 de maio de 2009
  Começar de novo
Sentaram-se na varanda, num mesmo banco, e observaram a paisagem: várias casas parecidas, construções antigas, mas muito boas. Postes de energia, lâmpadas de mercúrio semiacesas. Várias árvores floríferas, pássaros pousados em seus galhos. Em alguns jardins havia cachorros - alguns latiam, por causa dos rojões de final de campeonato de futebol. O céu era de um azul bebê muito nítido, apenas com umas poucas nuvens, as quais quase se podia tocar, de tão próximas que pareciam. E deviam ser feitas de algodão, por seu tom branco impecável - era impossível que fossem constituídas de qualquer chuva ou temporal, pois traziam uma paz que não combinava em nada com raios e trovões.
"Você me traiu", disse ela em tom melancólico, quase chorando de dor.
"Perdoa-me, não pude controlar. Aliás, você sabe... Várias coisas simplesmente acontecem, sem que saibamos o porquê e sem que as percebamos acontecerem...", respondia ele, resignadamente, antes de ser interrompido aos gritos.
"Não me venha com essa de que não se deu conta do que estava fazendo! Acha que sou tola? Você poderia, perfeitamente, ter me afastado de tanto sofrimento, de tanta dor e tantas lágrimas! Se eu pudesse me livraria de você", havia um tom desesperado em sua voz, ela quase não conseguia conter as lágrimas que rolavam de seus olhos, passando pelas maçãs de seu rosto, até chegarem os lábios trêmulos.
"Não fale assim... Você precisa de mim, eu preciso de você!", respondia ele, começando a perceber toda a dor e todo o vazio que a habitavam, como parasitas. "Mas, se te faz melhor, vou embora. Posso voltar quando toda essa maré houver passado."
"Era o que eu deveria querer. Mas não consigo suportar te sentir longe", as lágrimas começavam a cessar, o pranto já não era tão doído. Mas ainda assim, se podia ver nos olhos dela toda a angústia que carregava.
Um silêncio duradouro se fez presente. Tinha tanta força que ambos quase não o suportavam, parecia mais massacrante do que qualquer outro silêncio.
Ela pôs a cabeça entre as mãos, como numa tentativa de conter os pensamentos turbulentos que ali passavam. Ele olhou para ela, como quem entendesse o que estava acontecendo, beijou-a na testa e levantou-se.
"Aonde vai?", perguntou ela, desesperada com a possibilidade de perder aquele companheiro, o que conhecia desde que tinha algum entendimento da vida.
"Vou trazer um amigo. Alguém que pode te ajudar. Confie em mim, como nunca fez antes."
Ela assentiu com a cabeça e o observou partindo.
Três anos se passaram.
A campainha tocou. Um susto. Era ele. E agora?
Ela ajeitou os cabelos e a roupa com as mãos, desceu as escadas correndo e abriu o portão.
Ele parecia tão mais maduro do que antes! Como estava bonito! E como sempre, cumprindo suas promessas. Voltou com o tal amigo ao lado. Alguém alto, forte, e com uma expressão de bondade infinita, como se pudesse suportar qualquer golpe - e podia.
Ele começou a se desculpar pela demora, ela sorria absolutamente feliz por vê-lo de novo.
"Ainda se lembra de mim?", disse ele. "Sou o Amor. E aqui está meu amigo Perdão, o qual eu prometi trazer para que lhe ajudasse. Mas ele acaba de me contar que te conheceu a pouco tempo, e que eu poderia finalmente voltar, para que fossemos felizes juntos."


Passei por mudanças.

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Minha foto
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Local: Sorocaba, SP, Brazil

Descobrindo, aos 28 anos, que ser mulher é muito mais do que sempre imaginei. Mãe do Mateus, que me ensina tanto todos os dias sobre como ser alguém melhor e que faz o melhor que pode.

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