Sobre flores e amores
quarta-feira, 30 de junho de 2010
 
Comentei sobre o chá de panela da fofa da Carry?
Estava tão fofo quanto ela. Foi super simples, mas muito gostoso.
Os doces estavam divinos, e o que era aquele bolo? QUE DELÍCIA!
Lizzy me acompanhou, e não poderia ter tido melhor companhia.
Quando me casar, também quero um chá daqueles.

Falei com Jim novamente, combinamos de nos encontrar amanhã para que eu lhe entregue algumas coisas que havia pedido (papéis, estudos e coisas assim).
Acabei ficando um pouco ansiosa, talvez pelo tanto de tempo que faz que não nos vemos.
Sinto saudade dele, e acho que só o percebi quando nos falamos por telefone.

É bom não ter grandes novidades de vez em quando, acho que ando precisando de uma pausa.

Jenny

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terça-feira, 29 de junho de 2010
 
Cara, é incrível como uma coisinha mínima tem a capacidade de mudar o dia todo.
É tão bom sentir que a gente é útil para alguma coisa, não é?
Fiquei muito feliz pelo fato de ter sentido a confiança que Margareth deposita em mim. Mesmo que não tenha sido nada extraordinariamente grande, é bom sentir que as pessoas confiam no que a gente faz.
E como é bom sentir que o trabalho flui! Mesmo acabada, destruída e sonolenta, senti que meu dia foi perfeito lá no escritório. As coisas deram certo, tudo está onde deveria!
E ainda recebi uma ligação tão inesperada quanto deliciosa.
Há séculos que já não me lembrava mais do Jim, aquele bonitinho cabeludo de olhos verdes que tinha trabalhado lá no escritório. Me lembro que quando ele entrou, todas nós tivemos a certeza de que seria um bom vendedor, porque com aquela carinha e aquele jeito malandro, qualquer um cairia na lábia dele.
Confesso que até senti uma ponta de saudade quando ouvi aquela voz grossa do outro lado da linha me chamando de "coisa linda da minha vida".
Como era bom tê-lo por perto!
Lembrei de todas as vezes que grudamos no telefone, tentando achar algum número importante de alguém que tinha ligado, e dele cantando aquelas músicas de letras quase poéticas no carro, todas as vezes que tínhamos algo a fazer na rua (não que algum dia eu tenha saído para vender qualquer coisa, mas de vez em quando o acompanhava a um lugar ou outro).
Certo dia apostei uma trufa com ele, e perdi a aposta! Nunca um pagamento me doeu tanto no coração. Era a última trufa da moça que vendia trufas.
Bons tempos...

A boa notícia é que já não sei se continuo pensando em Jason da mesma forma que antes.
Acho que tenho um pouco de medo de esquecê-lo, mas ao mesmo tempo acho que seria a melhor coisa, já que ele não está neeeeeeeem aí para mim.
Mas, quem sabe um dia, não é?

Ai que saudade de tudo!

Jenny

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quarta-feira, 23 de junho de 2010
 
AS COISAS NÃO SÃO O QUE PARECEM!

Pessoas deveriam ser menos intrometidas.
E quando o fossem, que perguntassem as coisas diretamente a mim, e não as minhas amigas!
Odeio aquele idiota engravatado. Tomara que a cabeça exploda com o nó da gravata apertando seu pescoço de presunto.
Minha vida é tão devassada assim, a ponto de todo mundo querer enfiar a colher no meu brigadeiro?
Caramba...
Cansei!
Fiquei de saco cheio desse povinho.
Que é que eles tem a ver com tudo isso, afinal?
Sabe o que mais me incomoda?
Que eles não me deixam esquecer que um dia a gente esteve junto.
Não tem mais nada que eu queira tanto deixar para trás.

Será que você ainda vai ver isto aqui?
Sei lá, tanto faz...
Preciso desabafar, mesmo!
E se você não vir, com certeza alguém sem vida própria vai acabar descobrindo esse desabafo e vai contar para todo mundo, portanto posso ter a certeza de que serei ouvida.

O fato é que eu não consigo deixar você lá no passado.
Não dá!
E olha que eu tento com todas as minhas forças.
Só que você me faz sentir um turbilhão de coisas que se chocam, não combinam entre si.
Ao mesmo tempo que o simples fato de pensar em você me causa borboletas no estômago, eu morro de raiva! E ao mesmo tempo que eu sinto a maior saudade do mundo do seu abraço, a vontade que me dá é de te bater tanto, até que meus braços não tenham mais forças.
Jason, você foi o cara mais idiota que eu já conheci. E também o mais inteligente.
Essa tua ambiguidade me acelera os batimentos e me confunde desde sempre.
Você me usou, fez eu me sentir a pior de todas as mulheres, deixou de falar comigo, e ainda acha a coisa mais normal do mundo fazer brincadeirinhas quando não tem mais ninguém por perto!
Queria que entendesse o que me causa.
E o pior de tudo é quando você me olha e o jeito como fala comigo quando temos (porque agora é só por obrigação, mesmo) que nos falar ao telefone, porque, pode até ser que seja coisa da minha cabeça, mas eu sinto que você ainda gosta de mim, mesmo que seja só um pouquinho.
Lembra quando eu disse que te odiava? O que eu realmente odeio é o teu jeito de me ignorar e fazer sentir menos que uma formiga amassada na calçada, depois de já ter me feito sentir a mulher mais feliz do mundo.
E eu teria feito qualquer coisa por você, teria largado o que fosse preciso. E sinto que não tenha sido recíproco.
Por mais que eu ache que tomei a melhor atitude, ainda me culpo por ter sido tão idiota a ponto de jogar fora o pouco que eu tinha. Porque um único brigadeiro não é a bandeja toda, mas pelo menos me faz sentir o gosto do chocolate.
Eu sinto muito a sua falta.
Se hoje eu tivesse três pedidos a fazer a Deus, e eles me fossem concedidos instantaneamente, o primeiro seria poder te ver e conversar com você longe de todo o resto, no mesmo lugar em que costumávamos conversar. O segundo seria que você me entendesse em todos os aspectos, porque de você, é só isso que eu quero - que me entenda. E o último seria o mais difícil de realizar. Seria o de deixar você lá atrás, num lugar escondido da minha memória, porque eu entendo a tua escolha, mas isso não me faz ficar menos triste por tudo o que vem acontecendo. E se eu conseguisse te deixar lá, guardado, nem me importaria mais com a sua indiferença!
Queria poder escolher minha vida, escolher os meus amores e paixões.

Desde que tudo começou (ou será que foi quando acabou?), já não sou mais a mesma.
A Jennifer agora é outra.
Me lembro de minha mãe me dizendo quando era adolescente "Jen, escute uma coisa: esse tal de Mike é seu primeiro namoradinho. Não o deixe te fazer mal algum, não mude por ele e, principalmente, não dê pra ele. Porque depois você vai ver que ele não passa de um sem vergonha". Mas isso é papo de qualquer mãe. A verdade é que ela sabia que eu era feia, gorda e meio besta, portanto ele não poderia querer nada sério comigo, e eu passaria a vida chorando por isso.
Mas seja por qual motivo for, hoje vejo que ela tinha razão. Não em relação ao ranhento do Mike Dedo Verde, mas sim em relação aos homens que eu escolhesse para mim!
É incrível como não sei escolher pessoas que gostem de mim como eu gosto.
Devia é ter dado trela para o nerd da informática, teria sido mais vantajoso. Teria alguém para arrumar meu computador de graça.

Sinto falta da Jen dos 13 anos, da Jennifer C. do colegial e da senhorita Jennifer dos 18 (parece que ainda ouço a voz do professor de Economia me chamando para a lousa).

Que é que falta para que eu possa voltar a ser menos crítica comigo mesma e com os outros, e para entender novamente que as pessoas não merecem que eu use todo o meu estoque de sentimentos com elas?

Quem sabe um dia, alguém além de mim, sinta falta do que eu fui?
Porque nunca vão sentir falta do que eu me tornei.

Jenny

P.S: As descrições feitas neste blog são meramente ilustrativas, como as Barbies do comercial. Realmente não são o que parecem e também não se referem à pessoas reais (mas se achar alguém bonito, com certeza vou roubar sua imagem para mim)

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terça-feira, 22 de junho de 2010
 
Hoje, ao abrir o livro do meu poeta favorito, notei que uma pétala cor de rosa um pouco seca caiu no chão.
Aquilo me arrepiou como se um vento forte e gelado tivesse soprado naquele instante.
É incrível.

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sexta-feira, 18 de junho de 2010
  100

Até os 25, estudei tanto como nunca achei que fosse conseguir. Minha meta era concluir a pós-graduação ainda nova, conseguir um bom emprego e só então pensar em me casar e ter filhos.

É claro que a gente não planeja a vida, porque destino é algo sem controle.

Conclui boa parte dos meus sonhos. Sou formada em Administração de Empresas e pós-graduada em Finanças. Consegui um emprego bacana, onde comecei num cargo menor até chegar onde estou hoje.

Ganho algumas milhas por mês e consigo, além de pagar todas as minhas contas, fazer vários planos.

Comprei meu apartamento e meu carro, e também fiz algumas viagens incríveis.

O problema de toda essa dedicação à realização profissional, é que acabei me esquecendo um pouco de mim e do que me faltava.

Quando pisei naquela empresa pela primeira vez, senti algo muito estranho. Era como se alguma coisa me dissesse ao pé do ouvido que dali sairia a maior mudança da minha vida.

Dei muita importância àquela sensação nova e tão diferente de tudo o que havia sentido até então.

Poucos dias se passaram até que me acostumasse com todo o pessoal.

Como era meu primeiro trabalho sério e só tinha o conhecimento teórico, adquirido na faculdade, precisei de ajuda no início.

Tinha apenas 20 anos e comecei como estagiária, e quem me treinou durante as duas primeiras semanas foi o supervisor do meu setor.

Era apenas cinco anos mais velho, pouco mais alto que eu, ombros largos e braços fortes. Seus cabelos eram cacheados e quase louros. Seus olhos cintilavam e seu sorriso fazia qualquer estrela morrer de inveja daquela luz. Usava óculos, de vez em quando, e raramente surgia sem terno, quando na verdade, era a camiseta mais simples que o deixava mais bonito. Se bem que nada nele era feio. Até mesmo sua voz era agradável, e eu poderia ouví-lo falar por horas, sem me cansar.

Era incrível: algo nele fazia as maçãs do meu rosto ferverem quando me olhava, e quase não conseguia encará-lo, porque me dava a sensação de que conseguiria desvendar tudo em mim, até os defeitos que eu mais tentava esconder.

Toda vez que o via passando, meu coração saltava tanto no peito, que fazia cada pedacinho de mim, tremer descontroladamente.

Aquele homem quase perfeito tinha um único defeito: namorava.

Vi a menina uma ou duas vezes, e ela fez questão de mostrar que não havia gostado de mim. Mas ainda assim, consegui notar como era bonita.

Por alguns instantes, quis ser aquela moça magrinha, de cabelos cortados pouco acima dos ombros.

Era claro que se gostavam, e não era pouco.

Senti uma leve pontada no peito quando os vi juntos.

Passado algum tempo, fomos nos aproximando um pouco. Nos víamos todos os dias, afinal. Era natural que nos tornássemos amigos.

Vez ou outra fazia algum elogio ou brincadeira que me desconcertava.

Um dia, estávamos os dois na máquina de xérox, quando de repente fui surpreendida com um beijo. Não qualquer beijo. Foi "O" beijo.

E ainda consigo me lembrar de cada sensação que passou pelo meu corpo naquele instante.

Foi o melhor abraço que já ganhei e o beijo foi o mais intenso da minha vida.

As coisas foram caminhando assim, às escondidas, porque ambos sabíamos das condições em que nos encontrávamos, e dos riscos que corríamos, não só pela namorada dele, como também pelo ambiente de trabalho.

Nos víamos à noite, após o expediente, e ficávamos juntos até de madrugada. Eram as melhores noites da minha vida. Cada Segundo ao lado daquele cara lindo, inteligente e tão carinhoso, se fazia o melhor de todos os que vivi.

Me apaixonei pela última pessoa que deveria.

Era muito bom quando me dizia que gostava de mim e que estava apaixonado, porque soava muito sincero.

Nunca vou conseguir me esquecer da noite em que, com os vidros do carro embaçados pela nossa respiração, ele me disse que a partir daquela noite, as nossas almas estariam sempre ligadas. Sabia de algum jeito, que era a mais pura verdade.

O tempo foi passando e os dias faziam com que me apaixonasse mais e mais.

Nos falávamos por telefone todos os dias, inclusive quando nos víamos.

Estava viciada naquela atmosfera de aventura, de loucura e de paixão.

Fui cercada por um sentimento que até então não conhecia.

Cheguei num ponto em que nada mais fazia sentido sem ele, porque era só na nossa aventura que eu conseguia pensar, só tinha cabeça para aquele ladrão de corações.

Quando me dei conta de que meu mundo girava em torno disso, resolvi tomar uma atitude. Decidi que não havia nascido para as metades. Se quisesse ser meu, que fosse por inteiro, e se não quisesse... Bom, não seria mesmo o único na minha vida.

O problema é que as coisas não são fáceis como parecem.

Por várias semanas me torturei com aquela decisão. Olhava para ele e sequer poderia falar tudo o que vinha carregando comigo.

Depois a dor foi se acomodando, mas por diversas vezes pensei se uma única fatia do pudim de leite, não seria melhor do que não ter nem mesmo a calda.

Ele começou a não me atender quando telefonava, deixou de olhar para mim quando estávamos no mesmo ambiente e nem brincava mais comigo como antes. Fugia de mim.

Por mais que me sentisse completamente usada com essa reação, sabia que no fundo, tudo aquilo não havia morrido para ele também.

E ficamos por tanto tempo nessa relação platônica, que acabei me esquecendo das ilusões que vinha nutrindo.

Confesso que até hoje me emociono ao lembrar disso tudo.

Acho que os momentos vividos nunca são apagados de dentro da gente.

Conforme vou falando, consigo sentir tudo de novo.

Ainda hoje me lembro de cada arrepio que ele me causou.

Acabei namorando sério, fiquei noiva e todo aquele sofrimento valeu à pena, porque sem ele, não teria a metade da maturidade que tive para enfrentar essa relação.

Aí, então, aos 30, me casei e tive filhos. São três. Lucky, Nicholas e Chiara.

Foram os bebês mais lindos que já vi.

E foram crescendo cada dia mais bonitos, saudáveis e inteligentes.

Os três têm os melhores caráteres que já vi.

Agora tenho 50 anos.

Meio século de vida, com algumas rugas que encaro com naturalidade, pois são a marca de tudo o que vivi.

Continuo na mesma empresa, trabalhando com o mesmo cara e aprendendo com ele cada dia mais, pois além de um grande profissional, é um grande homem. E um grandíssimo pai e marido.

Acho que encontrei o amor da minha vida, e foi naquele mesmo lugar onde um passarinho me contou que tudo mudaria.

São vinte anos que eu não trocaria por nada. Alcancei a minha felicidade.

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Descobrindo, aos 28 anos, que ser mulher é muito mais do que sempre imaginei. Mãe do Mateus, que me ensina tanto todos os dias sobre como ser alguém melhor e que faz o melhor que pode.

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