Sobre flores e amores
quarta-feira, 30 de março de 2011
 
Querido Jason,


Finalmente a "nossa história" viu seu fim chegar e não foi como nos livros ou nos filmes.
Quem diria não é?
Mas ainda quero que você entenda tudo o que aconteceu e queria poder te dizer isso olhando nos teus olhos, só que já não é mais possível.
Enfim consegui te apagar aqui de dentro. O problema é que toda vez que você passa a borracha no papel, fica uma marca.
Eu te amei, Jason. Te amei muito, até acabar com toda força que existia dentro de mim. E mesmo exaurida continuei tentando.
Fui muito feliz a cada dia daqueles meses em que tive você comigo. Me sentia protegida do mundo e me sentia muito querida.
A sua voz ecoou por diversas vezes na minha cabeça, dizendo que estava apaixonado.
Sabe de uma coisa? Ainda tenho a flor que você me deu e o fax que enviou ao escritório, certa vez, com a letra da "nossa" música. A flor está dentro de um livro de poesias e o fax na minha caixinha de memórias, dentro do armário. E também não apaguei do celular a foto que você me mandou quando eu te disse que não suportava mais aquela situação. Lembra dessa foto? você escreveu em um papel que estava com saudade, colocou nas mãos de um bonequinho que eu te dei (o qual sumiu da sua mesa, mais tarde) e tirou a foto pra me mandar.
As lembranças estão bem vivas aqui dentro, porque foi tudo muito bom. Me lembro de você cantando aquela mesma música do fax, da velha implicante, de você no topo da escada com um copo verde na mão, me observando e de quando você subiu os degraus com pressa, e ao chegar lá em cima, me olhou e desenhou um coração no ar.
Você não consegue imaginar como me doeu cada vez que o telefone tocou e você desligou, ou simplesmente não atendia e depois ignorava as chamadas perdidas.
E doeu mais ainda quando eu te perguntei se ainda gostava ao menos um pouco de mim e você me disse que gostava muito.
Não dá pra entender como alguém gosta e escolhe ficar longe.
Mas o pior foi quando você começou a exibir para os outros as mensagens que ela te mandava e quando disse àquele homem que a sua filha era muita mulher pra você, que te botava medo.
São tantos detalhes e você ainda nega, não percebeu o quão claras são as coisas.
Mesmo quando você nega, deixa claro que está mentindo.
Gostaria também que você soubesse que eu não derramei uma lágrima sequer naquele bar, quando vocês chegaram juntos. Não achei que a situação merecesse.
Também teve o almoço que você mesmo falou pra marcar e depois simplesmente ignorou o assunto. Houve o meu convite que você aceitou e depois deixou pra lá... E olha que eu tinha comprado até um presente pelo seu aniversário.
Falando nisso, me doeu quando você esqueceu do meu aniversário. Eu só queria que você me telefonasse, mandasse uma mensagem, sei lá... Que lembrasse de um dia que pra mim era tão importante, sem eu ter que mandar o aviso.
Aí então, quando eu passei a ficar mais segura, a sentir que não precisava de você, acho que acabei demonstrando isso. E o que foi que você fez? Me mandou mensagem dizendo que sentia saudade.
É fácil querer prender alguém a você quando essa pessoa te quer tão bem. Mas usar o sentimento das pessoas é algo que você não faz, porque não tem esse direito.
Quando você gosta, tem que ser fiel ao seu sentimento.
Acho que o teu maior defeito é colocar o trabalho e o dinheiro acima de tudo e qualquer pessoa. Claro que isso também é importante, mas "deixar pra lá" os sentimentos das pessoas - e aqui não falo por mim - é muito baixo.
Sabe o que ficou parecendo? Que foi interesse profissional, pura e simplesmente. Ou você acha que eu me esqueci dos adjetivos como "louca", "lenta" e "artificial"?
O problema não foi acontecer, mas a forma como tudo ocorreu.
Me senti usada e desprezada.
E imagino que todas as pessoas envolvidas tenham se sentido da mesma forma.
Eu faria tudo por você. Qualquer coisa.
É uma pena que as coisas tenham sido assim.
Parece que foi tudo de mentira, porque depois de tantas delas, eu deixei de saber no que poderia acreditar.
Até que ponto foi verdade?


Jenny

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sexta-feira, 18 de março de 2011
 
"Quando eu te vejo
Espero teu beijo
Não sinto vergonha
Apenas desejo
Minha boca encosta
Em tua boca que treme
Meus olhos eu fecho
Mas os teus estão abertos
Tudo bem se não deu certo
Eu achei que nós chegamos tão perto
Mas agora com certeza eu enxergo
Que no fim eu amei por nós dois
Esse foi um beijo de despedida
Que se dá uma vez só na vida
Explica tudo, sem brigas
E clareia o mais escuro dos dias
Tudo bem se não deu certo
Eu achei que nós chegamos tão perto
Mas agora com certeza eu enxergo
Que no fim eu amei por nós dois
Mas você lembra!
Você vai lembrar de mim
Que o nosso amor valeu a pena
Lembra é o nosso final feliz
Você vai lembrar...
Vai lembrar...sim...
Você vai lembrar de mim.
Esse foi um beijo de despedida
Que se dá uma vez só na vida
Que explica, tudo sem brigas
E clareia o mais escuro dos dias
Tudo bem se não deu certo
Eu achei que nós chegamos tão perto
Mas agora com certeza eu enxergo
Que no fim eu amei por nós dois
Mas você lembra!
Você vai lembrar de mim
Que o nosso amor valeu a pena
Lembra é o nosso final feliz
Você vai lembrar...
Vai lembrar...sim...
Você vai lembrar de mim"

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quinta-feira, 3 de março de 2011
 
É incrível como uma pessoa é capaz de criar vícios sem se dar conta, já reparou?
Você, por acaso, nunca se viciou em alguém, em algum lugar ou mesmo em um determinado tipo de chocolate?
Eu mesma passei semanas comprando a mesma barra de chocolate branco com cookies porque não conseguia sobreviver sem ele.
Mas hoje me dei conta de que não é só o que você come, bebe ou fuma que te faz entrar num vício que pode ou não ser destrutivo.
Entrar naquele prédio e não fazer mais parte dele foi bem estranho, parecia que ele tinha me roubado um pedaço de mim. E como é estranho você olhar para algo que já amou tanto e não sentir mais nada, absolutamente. Me causou um vazio enorme.
Descobri que esse lugar me trouxe vícios dos quais eu ainda não consegui me livrar.
O primeiro de todos é aquele vício que doeu no coração do começo ao fim, por saber que seria sim, muito destrutivo. Foi esse que me fez esquecer meu valor, e também é ele que faz questão de não desgrudar da minha cabeça por um minuto sequer.
O segundo é aquele vício que é tão bom quanto o vício em frutas e saladas (se é que alguém sofre disso). É o vício da amizade. Descobri que tem gente que não sai de mim, mesmo quando eu não estou perto. É o vício nas risadas, nos consolos a cada choro (e olha que foram muitos!), nos abraços e nas melhores companhias que eu podia querer.
A imagem não me sai da cabeça. Vivi tanta coisa boa dentro daquele prédio verde... Dava para escutar as risadas, me ver chorando, e consegui até sentir de novo as coisas que eu já não sentia mais por pessoas que já não fazem mais parte da minha vida.
Acho quase inacreditável a capacidade do ser humano de ser tão ambíguo.
Essa história de gostar e não gostar não me entra muito bem na cabeça.... Parece que falta uma peça-chave, que algo está fora do lugar.


Ainda guardo a flor, o fax e a foto.
E mesmo assim não consigo deixar de me sentir decepcionada e profundamente magoada.
Ai, que vontade de arrancar isso aqui de dentro!

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Descobrindo, aos 28 anos, que ser mulher é muito mais do que sempre imaginei. Mãe do Mateus, que me ensina tanto todos os dias sobre como ser alguém melhor e que faz o melhor que pode.

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