Sobre flores e amores
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Tem livros que mesmo que você já tenha lido por centenas de vezes, toda vez que chega no final, você se surpreende.
Sempre que leio o meu favorito, fico imaginando toda a desgraça na vida da Jill Castle, e toda a amargura e culpa que carrega dentro de si.
E falando em amargura, não é que a estúpida que ninguém suporta lá no escritório vai ser transferida de cidade?
Juro que nunca na vida o fato de ficar longe de alguém me fez tão feliz.
Estou contando os dias para que essa semana acabe e ela vá para lá.
Bom, mas tomara que dê tudo certo... Longe de mim.
Sabe esses dias em que a sua cabeça não funciona, que parece que alguém arrancou seu cérebro e você fica vegetando?
É assim que eu estou.
Queria conseguir voltar a raciocinar.
Mas amanhã é um novo dia... E já é quarta-feira!
O melhor é que no começo da semana que vem tem feriado, e eu vou emendar!
Não vejo a hora.
Vou dormir, dormir, dormir, cochilar e dormir.
Ando com uma sensação estranha em relação às coisas e pessoas... Me sinto meio que anestesiada. Nada me causa emoção de verdade. Faz muito tempo que meu coração não dispara por nada, nem sequer de susto.
Odeio ficar assim, parece que tem um buraco negro dentro de mim.
Estou com saudade. Só isso que ainda dá para sentir.
Jenny
♪ "It's october again, leaves are coming down. One more year's come and gone and nothing's changes at all. Wasn't I supposed to be someone who can face the things that I've been running from? Let me feel, I don't care if I breakdown. Let me fall, even if I hit the ground and if I cry a little, die a little. At least I know I lived. I've become much too good at being invincible. I'm an expert at play it safe and keep it cool. But I swear, this isn't who I meant to be. I refuse to let my life roll all over me." ♫
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domingo, 29 de agosto de 2010
Há tempos não passava um domingo com tanta cara de domingo como foi hoje.
Adoro esses passeios leves, sabe?
Fui à feira com a minha mãe logo cedo para comer pastel, e de lá passamos no supermercado para comprar algumas coisas para o almoço... E acabamos encontrando por lá um antigo vizinho, o qual foi muito bom e muito generoso em uma situação onde precisávamos muito de conforto. Fiquei muito triste ao saber da morte de sua esposa, que foi uma das melhores pessoas que já conheci na vida. Pensei nisso o dia todo.
De lá, passamos na igreja, e rezar sempre traz uma paz inexplicável, já reparou? Parece que Deus coloca a mão no coração da gente e tira toda a angústia que fica guardadinha ali dentro.
Quando voltamos, começamos a fazer o almoço - um filé à parmegiana de lamber os beiços.
E cara... Foi o almoço mais "domingo" dos últimos dez anos.
Demos uma passadinha na casa de um amigo, e voltamos para descansar.
Ela fez bolinhos de chuva acompanhados de Coca-Cola e, depois, de uma caneca enorme de café com leite.
Agora ela está lá, assistindo algo na televisão, enquanto eu dei uma pausa no descanso para estudar.
Estou me sentindo como Kevin Arnold de The Wonder Years, naquele episódio onde o Natal tinha tudo para ser um fracasso, sabe?
No fim, as coisas não tem que ter a cara que os outros querem dar a elas, mas tem que representar tudo o que você espera de cada uma.
Jenny
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sábado, 28 de agosto de 2010
Acho que pela primeira vez em bastante tempo, aquele escritório não me pareceu tão assustador.
Apesar de perder boa parte do sábado lá dentro, acabou valendo muito à pena trabalhar hoje.
É tão gostoso ficar com pessoas que te fazem bem, que te deixam alegre, não é mesmo?
Mudou meu estado de espírito.
Estava tão diferente nesses últimos dias, sentia como se não fosse eu mesma dentro do meu corpo.
Mas, por outro lado, acabei criando mais afetos. Talvez por estar mais necessitada de atenção, sei lá.
Sabe o James, o bonitinho do setor de logística?
Então... Por alguma razão, mesmo sem tanto contato, acabei criando uma empatia bastante grande com ele. Quando olho para aquele rosto tão fofo, me dá vontade de abraça-lo e de paparica-lo.
Queria ter um irmão daquele tamanho e com aquele jeitinho. Já que não dá, vou obrigar meu pequeno a ser igual quando crescer.
E também tem a Lucy, de quem sempre gostei demais, mas nesses último dias, tenho sentido muita vontade de estar perto, porque a presença dela me faz sentir protegida.
Tem sido muito bom descobrir o quanto as pessoas são importantes na minha vida.
E Jason... Queria que ele soubesse a saudade que me causa quando não está por perto.
Difícil esquecer essa história, não?
Jenny
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quarta-feira, 25 de agosto de 2010
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Tenho CERTEZA que quando Deus foi fazer a noite de hoje, ele deixou a lua cair, sem querer, num potinho de pó de ouro. E a colocou a apenas três metros de distância de mim.
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sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Já reparou como a vida da gente muda assim, de uma hora pra outra, sem que a gente perceba?
Ficamos todos presos naquele inferno de escritório hoje... E eu atrasada! Aliás, quase todos estávamos.
Ninguém merece ficar presa logo numa sexta-feira.
Mas pensei em tantas coisas nesse meio tempo, sabe?
Pensei que troquei o gato de pelúcia pelo porquinho, nas delicadezas que algumas pessoas são capazes de fazer só para que a gente fique bem, nas pessoas que merecem respeito e na insignificância daquelas que não merecem.
Quando sobra um tempo para pensar é que você nota que as mudanças ocorreram, que a vida não é nada monótona.
Acho tão importante a idéia de dar valor às pequenas coisas... E que saber por que?
Porque imagine só, naquele dia de TPM, chega o cara mais lindo que você já viu na vida (que trabalha com você, e te faz esquecer do trabalho quando passa), com uma flor cor-de-rosa nas mãos e entrega justamente para quem? Para você!
Ou então naquele dia em que você acha que é melhor mudar de idéia, mudar de ares, porque as coisas no seu ambiente já não vão lá muito bem... E aí você ganha uma música saudosista que te lembra todas as melhores sensações que você já teve.
E agora imagine também que ninguém lembra do seu aniversário, até que um bom amigo te dá de presente um bolo lindo, cheio de bombons e um arranjo enorme de flores.
Sabe, não são coisas grandes - ou, se parar para pensar, talvez sejam as maiores coisas - mas tem a capacidade de te fazer sorrir, de te mostrar que alguém sempre se importa, mesmo que todos os outros não notem que você precisa deles naquele momento.
São essas pessoas que te notam que fazem a verdadeira diferença na sua vida.
Você não precisa ganhar na loteria para ser muito feliz, mas um elogio do chefe, um abraço, um "alô" inesperado, são todas coisas que podem mudar o seu dia e te fazer acreditar em você e nos outros.
Acreditar que as pessoas são capazes de atos bons e, principalmente, que não são todas iguais, é o que nos leva adiante.
Outra coisa que notei, é que as pessoas verdadeiramente boas (e me refiro às pessoas humanas. não às "perfeitas") não carregam marcas de expressão.
Aposto como aquela mulherzinha que trabalha com você, que vive reclamando da vida, tem a cara cheia de rugas e aparenta pelo menos uns 10 anos a mais que sua idade real.
Enquanto isso, aquele cara que arranca suspiro de toda moça quando passa, vive sorrindo e sendo gentil com todo mundo! E não seria espantoso se fosse esse mesmo o cara que te traz a flor cor-de-rosa.
Já devo ter dito isso em algum ponto da vida, mas cara, de verdade, só vale a pena ter no rosto as marcas das coisas boas que você viveu e plantou.
O mundo não é perfeito, mas você pode fazer a sua parte para que ele seja um pouquinho melhor.
Sempre que puder mande um recado, ou se achar mais fácil, até um e-mail. Telefone, elogie, sorria.
Você pode começar a ver tudo aquilo que te irrita por um outro ângulo, ou pelo menos uma solução mais simples para os problemas.
Jenny
P.S.: Acho que finalmente estou pegando de volta tudo o que tinha perdido por aí.
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quarta-feira, 18 de agosto de 2010
"Teste de FAX 13/04/2010
Dia internacional doooo....hummm"
Acabei de achar aquele fax com a letra daquela música.
Acho tão gostosa essa sensação de voltar a uma situação qualquer que me fazia feliz...
É como a moça disse na televisão, um sentimento de "quentinho aqui dentro", sabe? Algum cheiro ou sabor que te lembra a tua infância, ou te faz pensar em alguma época muito boa.
Um papel de fax não tem cheiro, muito menos sabor, mas lendo o que estava escrito ali, me senti feliz. Os espacinho vazios que ficaram, foram preenchidos, pelo menos por um pouquinho de tempo.
Não é uma delícia lembrar de alguém que te faz bem, de alguma piada que te fez sorrir, ou até mesmo de um gesto muito simples que te fez sentir a pessoa mais querida do mundo?
De vez em quando tenho a impressão de que vivo das lembranças, mas é uma coisa gostosa. Significa que tenho muita coisa boa escrita na minha (breve) biografia.
Passei várias horas pensando em como teriam sido as coisas se as nossas escolhas tivessem sido diferentes.
Pena que a vida não deixa a gente ver o final da estrada antes de escolher o caminho que vai seguir.
Sabe o que eu acho? Que lá no fundinho, nem tão escondido assim, uma pessoa sabe se fez ou não uma boa escolha. Porque se escolheu errado, vai ficar pensando exatamente como eu - em como seriam as coisas se as escolhas fossem outras.
É, e talvez eu tenha errado ao escolher deixar aquilo tudo lá, guardado no carro.
Mas não me arrependo. Acho que isso só fez com que eu tivesse mais certeza a respeito de diversas coisas que antes me geravam algumas dúvidas.
Quer saber? Adoro quando vejo aqueles olhinhos me observando, me deixando sem graça. Mas é porque eu gosto do que eles me dizem.
Alguém me disse uma vez que não é preciso abrir a boca para ter uma boa conversa, e acho que esse fulano estava muito certo!
Gosto tanto desses papos mudos...
Tô é morrendo de saudade, sabe?
Dia internacional doooo....hummm"
Acabei de achar aquele fax com a letra daquela música.
Acho tão gostosa essa sensação de voltar a uma situação qualquer que me fazia feliz...
É como a moça disse na televisão, um sentimento de "quentinho aqui dentro", sabe? Algum cheiro ou sabor que te lembra a tua infância, ou te faz pensar em alguma época muito boa.
Um papel de fax não tem cheiro, muito menos sabor, mas lendo o que estava escrito ali, me senti feliz. Os espacinho vazios que ficaram, foram preenchidos, pelo menos por um pouquinho de tempo.
Não é uma delícia lembrar de alguém que te faz bem, de alguma piada que te fez sorrir, ou até mesmo de um gesto muito simples que te fez sentir a pessoa mais querida do mundo?
De vez em quando tenho a impressão de que vivo das lembranças, mas é uma coisa gostosa. Significa que tenho muita coisa boa escrita na minha (breve) biografia.
Passei várias horas pensando em como teriam sido as coisas se as nossas escolhas tivessem sido diferentes.
Pena que a vida não deixa a gente ver o final da estrada antes de escolher o caminho que vai seguir.
Sabe o que eu acho? Que lá no fundinho, nem tão escondido assim, uma pessoa sabe se fez ou não uma boa escolha. Porque se escolheu errado, vai ficar pensando exatamente como eu - em como seriam as coisas se as escolhas fossem outras.
É, e talvez eu tenha errado ao escolher deixar aquilo tudo lá, guardado no carro.
Mas não me arrependo. Acho que isso só fez com que eu tivesse mais certeza a respeito de diversas coisas que antes me geravam algumas dúvidas.
Quer saber? Adoro quando vejo aqueles olhinhos me observando, me deixando sem graça. Mas é porque eu gosto do que eles me dizem.
Alguém me disse uma vez que não é preciso abrir a boca para ter uma boa conversa, e acho que esse fulano estava muito certo!
Gosto tanto desses papos mudos...
Tô é morrendo de saudade, sabe?
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