Sobre flores e amores
sábado, 30 de janeiro de 2010
"Sabe aquela imagem de sonho, que parece que em volta tem até uma fumacinha?
Acho que foi assim que eu me senti quando te vi abrindo a porta. Sei lá, parecia coisa de filme, mesmo, até vi os movimentos em câmera lenta só pra poder guardar cada detalhe de você.
Seu corpo inteiro entra em sintonia enquanto você caminha, já reparou? Porque eu não pude deixar de notar. Sei lá, acho que eu não consigo explicar o que os meus olhos enxergam quando você passa.
Claro, branco é uma cor que lembra coisas boas, mas em você... Um anjo não seria tão bonito.
E quando você sorriu, então? Você não pode ser humano, não é possível!
Mas quer saber, de verdade, o que foi que me deixou ridiculamente idiota? A sua expressão quando eu chamei o teu nome. Não que tenha sido algo fora do comum, deve ser o seu jeito de olhar quando te chamam, mesmo... Mas é que quando é pra mim parece diferente, talvez porque eu queira que seja assim. E eu até cheguei a esquecer o que queria dizer, não tem como pensar em outra coisa quando você fica ali, observando, esperando a minha reação. Dá medo de fazer alguma coisa ridícula. De verdade, acho que se fizesse algo completamente estúpido, você riria, mas sempre me bate a insegurança quando você está por ali. E enquanto eu falo, a minha cabeça fica dando voltas, passando por todos os lugares, menos pela situação real.
Aí você subiu as escadas, com certo afobamento. Pulava um ou outro degrau.
Cara, eu queria conseguir explicar o que é que aconteceu comigo.
Então, mais tarde, quando você se aproximou, meu coração deu um pulo maior que o normal, acho que quis que meu rosto recebesse mais sangue, só pra você perceber o meu rubor.
Mas te ver ali, tão perto, ver tua marca, teu jeito, novamente o teu sorriso que parece que tem luz... Ah! Deus foi realmente muito bom quando te fez, te deu tantas qualidades, que nem usando meus dedos dos pés eu conseguiria contar!
Esse teu jeito que eu não sei explicar. Você é divertido, é inteligente e sabe seduzir as pessoas, de um modo geral. É gostoso conversar com você, rir com você, olhar pra você.
Você tem um charme irresistível. Até na forma de tirar os óculos.
E tão certo quanto chocolate branco é bom, você é incrível.
O simples fato de você existir me parece meio surreal."
É o que eu disse sobre o branco.
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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
O copo verde de plástico
Era um copo vazio.
Até que chegou alguém que o segurou com firmeza, o encheu de água até a metade.
E agora? Meio cheio ou meio vazio?
Depende.
Se recostou, olhou, admirou, sorriu.
É. Com certeza o copo estava meio cheio.
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terça-feira, 19 de janeiro de 2010
sexta parte
Passaram-se alguns dias até que Mariela conseguisse, finalmente, avistar a menina ruiva do parque novamente. Dessa vez, foi um pouco mais de perto, e a jovem pôde ver que a garotinha realmente se parecia muito com o que fora na sua infância. E não só pelos traços delicados, suaves e bem feitos, mas também pelo jeito seguro que corria atrás dos pássaros, tentando agarra-los e abraça-los, e pela forma de gargalhar quando estes animais se atrapalhavam nos passos.
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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
não tem nada a ver, mas é!
Como é que pode?
Só me diz, como é que pode ser assim?
Não tremi, não gaguejei, tampouco perdi o chão, ou sequer minhas pernas amoleceram.
Simplesmente meu céu se fez mais azul, e para isso... Quase nada!
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