O final da tarde trazia uma brisa muito suave, e o crepúsculo fazia parecer que o céu estava em chamas.
As pessoas começavam a tirar seus óculos de sol, os pássaros voltavam aos ninhos, e naquele parque, encontravam-se alguns alguns casais.
Um destes, era especial. Não sei porquê, mas era.
Me chamava a atenção.
Os dois eram muito bonitos, e pareciam feitos um para o outro.
Me lembro do olhar apaixonado entre eles, foi o que mais me atraiu na cena.
Fiquei imaginando o que diziam um para o outro, tentando ler seus lábios e pensamentos.
Faziam planos, imagino. Pareciam felizes, cheios de sonhos, e o que não faltava era vontade de realizar cada um deles.
Fiquei imaginando como seriam seus filhos, seus netos e como seriam felizes para sempre, como nas histórias.
Fazia muito sentido para aquele casal.
Ele a abraçou como se quisesse nunca mais soltá-la, e ela o teria adorado. Podiam se unir, formando um só ser, uma só alma. Teria sido o casamento perfeito - e quem sabe não foi?
Me bate uma saudade, só de lembrar. E até uma certa inveja branca - quem não iria querer um amor daqueles?
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Eu gosto de você.
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Contrariando meu poeta,do pranto é que se fez o risosilencioso e branco como a brumaque após a revolta, enche o ser de paz.Nas bocas unidas não houve espuma,e se houve, era a felicidade borbulhante.O espalmar das mãos não era mais espanto -era calmante.De repente, a calma realmente se fez vento,e trouxe de volta a faísca que faltavapara reacender a velha chama.Foi o pressentimento que fez-se paixão,e o momento imóvel escondeu qualquer drama.De repente, não mais que de repentefoi que de triste fiz-me amantee a solidão se foi, para que me fizesse contente.O amigo próximo jamais foi distantee a vida era sim uma aventura, mas não era errante..Ouso contrariar Vinícius em seu Soneto de Separação, porque foi assim, de repente e não mais que de repente.Marcadores: menina-moça, prosa ou verso, sobre flores e amores
sem nexo
Eu odeio te ver e ter que me forçar a pensar que é só mais alguém que passa por mim durante o dia.Eu odeio sentir falta do teu calor e da tua proteção, do teu carinho e o do teu jeito de me olhar quando eu deito no teu colo.Eu sinto falta do teu jeito de falar da boa música, do cinema e das tuas experiências.Se eu fico desnorteada quando te vejo, a culpa é só tua, que não para de me atormentar os pensamentos, como se pudesse tomar conta de tudo em mim, me fazendo tremer, perder o fôlego e até o raciocínio.Procuro os teus olhos em todo rosto que vejo, e procuro o teu sorriso em todas as bocas. Procuro até teu cheiro em cada flor que avisto. Bobagem... Tudo em ti é só teu. Me engano, tentando achar uma forma de ter-te por perto.É bom perder o rumo várias vezes ao dia, quando tu passas por aquela porta. Mas me tira o chão...Marcadores: menina-moça, sobre flores e amores
Tudo a seu tempo.
As dores, as flores e também os amores.
A saudade, a angústia, o medo.
A coragem, a confiança e a reconciliação.
Tudo a seu tempo.
E tudo tem explicação.
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Estava deitada na cama, lendo coisas antigas e sentindo saudade.O telefone tocou.Olha, dizia a voz do outro lado, me desculpa! Agi por impulso e depois não sabia o que fazer. Mas por favor, me desculpa, não sei ficar sem você!O coração quase esqueceu de bater. O ar se esforçava para entrar nos pulmões. As mãos estavam frias e trêmulas.Os pensamentos foram simplesmente desaparecendo, como que por mágica, e esse vazio fazia a cabeça girar.A realidade fugia e já estava esquecendo o caminho de volta.Você me desestabiliza.Marcadores: menina-moça, sobre flores e amores