Sobre flores e amores
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
 
É como se hoje as coisas fizessem menos sentido, como se eu sentisse mais a sua falta do que nunca e como se simplesmente não fosse possível acordar.
Gosto de sonhar com você, mas não gosto da falta que me faz ao acordar.
Queria ter te contado tua importância.

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quinta-feira, 19 de novembro de 2009
 
Querido irmão,

depois de tanto tempo, volto a te escrever.
As coisas meio que estagnaram desde a última carta, mas o trabalho anda me roubando muito tempo, tenho feito horas extra para ver se consigo um dinheiro a mais.
Mas o que tenho para te contar, nada tem a ver com isso. Tem a ver com amor.
Mano, acho que virei um romântico sonhador.
Conheci uma garota linda que trabalha na padaria, chama-se Cecília. Tem a pele clara, os cabelo escuros e ondulados e seu olhar é mais doce do que qualquer outro. Me olha com tanta inocência que às vezes me culpo pelo que sinto. É muito jovem, tem apenas 19 anos. Que poderia ver em mim, um cabra cansado e de feição triste? Ah, como queria que olhasse para mim com outros olhos...
Às vezes acho que ela sente o mesmo, mas tenho medo de perguntar e acabar magoando-a. Tenho medo que pense que quero me aproveitar, entende?
Acho que nunca vi alguém com tanto encanto!
E é tão delicada em seus gestos e palavras, que chega a contrastar comigo.
Tenho tentado me comportar de maneira gentil quando estamos conversando, não quero que se afaste.
Sinto que fiquei um bobo apaixonado, mano.
Cecília estuda enfermagem, diz que quer ajudar a salva pessoas. Acho tudo nela, simplesmente perfeito. Acho que a mãe a aprovaria como nora, e você como cunhada.
Mas chega de falar disso, não quero que se cansem...
Manda notícia, mano, quero muito saber de você e da mãe, estou com uma saudade que vocês não conseguem imaginar. Todas as noites me sinto um pouco sozinho, como se faltasse algo.
Venham logo me visitar, não sei quando vou ter férias. Sei que é difícil, mas guardem um dinheiro, nem que seja pouco! Quero muito que conheçam a vida aqui.
Como está a vista da mãe? Você a levou ao médico para ver se ele receita óculos para ela?
E você, como é que vai levando as coisas sozinho com ela?
Arranjou namorada? Já está na hora de pensar nisso, mano. Logo você vai querer ter filhos e a mãe vai te cobrar netos, assim como faz comigo!
Amo muito vocês, mano.
Dá um beijo enorme na mãe e outro em você.
Se cuidem e mandem notícia.

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009
 
Foi bom te ver sorrindo e me dizendo que está mais feliz do que nunca. E foi melhor ainda saber que você sempre estará por perto.
Teus olhos te entregam e teu sorriso também não esconde nada.
Ah!, se você soubesse a paz que me dá, mesmo quando me faz perder a cabeça...
Hoje foi que percebi a falta que você faz.
Que saudade da tua voz cantando Elis, das tuas brincadeiras me chamando de menininha e da tua risada por qualquer bobagem que eu fizesse, só porque não sei o que fazer quando você está perto.
E que saudade me deu quando você falou que até agora eu não sei mexer no telefone. E te confesso, nunca prestei a menor atenção aos comandos, porque era só em você que eu reparava.

.

Se prenda às boas coisas do seu dia.

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segunda-feira, 2 de novembro de 2009
  Pudim de leite
- Amor, você já parou para pensar no pudim de leite? - disse ela, enquanto fazia a calda de açúcar - Ele começa no açúcar, bem doce, e acaba na parte macia e branca, que serve de base. Se parece um pouco com a gente! - sorria.
- Como assim? Acho que não entendi o que você quer dizer.
- Lembra do começo, quando te conheci, e você namorava aquela sem sal da Tata? Aquela loirinha sem graça, sabe? - o ciúme falou alto, e sua expressão de desdém a entregava.
- Lembro, claro. - ele sorria pela insegurança demonstrada.
- Então... Se você analisar tudo pelo que passamos, você vai me entender - o açúcar começava a derreter na assadeira.
- Ainda não entendi.
- Você me cozinhava em banho-maria, porque sabia que era... Olha, vou colocar isto de uma maneira muito ultrapassada, não ria. Você sabia que era meu "doce favorito" - ela fazia um sinal indicando as aspas e sorria envergonhada. - E no começo nós brigávamos tanto! Você se lembra? Acho que implicava com você, só para ter algo a dizer. Mas você sabia que eu não conseguia deixar de te querer, simplesmente. Enquanto não terminava com a Tata, também não me deixava livre. Sempre rodeava, sorria de longe, como se fosse só para provocar. E acho que essa foi a fase da calda de açúcar: doce, mas difícil de passar por ela... Demora muito!
Ele ria da comparação, jamais imaginou uma relação sendo comparada a um pudim.
- Ah!, como você é linda! Adoro esse seu jeito de expor as coisas, sabia?
Ela ficou ligeiramente ruborizada, mas deu um sorriso tímido e continuou a comparação:
- Bom, aí vem a fase da massa, que começa sem firmeza alguma, e só vai ficando mais resistente com o tempo de cozimento. E me lembra um pouco as vezes em que você me pediu abrigo quando terminou de vez com ela. Eu sabia que era só charme, só para me fazer ciúme. E adorava aquilo! Me fazia sentir querida e, consequentemente, mais ligada a você, mais parte da sua vida. Acho que conseguimos construir algo firme, regado de bastante doce, não concorda?
- Concordo, mas pudim de leite condensado não é o que eu chamaria de firme.
- Ele não é duro, mas é firme. Tem uma diferença entre as duas coisas. Coisas duras não mudam, ficam sempre iguais. É como um bolo, que é todo uniforme. Mas olha, até as cores do pudim são diferentes! Formam uma espécie de arco-íris em tons castanhos! - disse ela, enquanto retirava o doce da assadeira - A gente sempre muda, mas é sempre bom! Como esse pudim! - sorria abertamente, como se acabasse de dizer algo incrível. E disse.

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Ainda sou capaz de esperar até o pudim ficar pronto!

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Descobrindo, aos 28 anos, que ser mulher é muito mais do que sempre imaginei. Mãe do Mateus, que me ensina tanto todos os dias sobre como ser alguém melhor e que faz o melhor que pode.

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