Cara, é incrível como uma coisinha mínima tem a capacidade de mudar o dia todo.É tão bom sentir que a gente é útil para alguma coisa, não é?
Fiquei muito feliz pelo fato de ter sentido a confiança que Margareth deposita em mim. Mesmo que não tenha sido nada extraordinariamente grande, é bom sentir que as pessoas confiam no que a gente faz.
E como é bom sentir que o trabalho flui! Mesmo acabada, destruída e sonolenta, senti que meu dia foi perfeito lá no escritório. As coisas deram certo, tudo está onde deveria!
E ainda recebi uma ligação tão inesperada quanto deliciosa.
Há séculos que já não me lembrava mais do Jim, aquele bonitinho cabeludo de olhos verdes que tinha trabalhado lá no escritório. Me lembro que quando ele entrou, todas nós tivemos a certeza de que seria um bom vendedor, porque com aquela carinha e aquele jeito malandro, qualquer um cairia na lábia dele.
Confesso que até senti uma ponta de saudade quando ouvi aquela voz grossa do outro lado da linha me chamando de "coisa linda da minha vida".
Como era bom tê-lo por perto!
Lembrei de todas as vezes que grudamos no telefone, tentando achar algum número importante de alguém que tinha ligado, e dele cantando aquelas músicas de letras quase poéticas no carro, todas as vezes que tínhamos algo a fazer na rua (não que algum dia eu tenha saído para vender qualquer coisa, mas de vez em quando o acompanhava a um lugar ou outro).
Certo dia apostei uma trufa com ele, e perdi a aposta! Nunca um pagamento me doeu tanto no coração. Era a última trufa da moça que vendia trufas.
Bons tempos...
A boa notícia é que já não sei se continuo pensando em Jason da mesma forma que antes.
Acho que tenho um pouco de medo de esquecê-lo, mas ao mesmo tempo acho que seria a melhor coisa, já que ele não está neeeeeeeem aí para mim.
Mas, quem sabe um dia, não é?
Ai que saudade de tudo!
Jenny
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