Foram 13 anos, exatamente. Sem faltar ou sobrar nenhum dia. E puxa, como esses últimos dias doeram por te ver tão mal. Vou me lembrar para sempre de todas as vezes em que você pulou na minha cama, se esfregou nas minhas pernas e dormiu ali, até que eu acordasse. E de todas as vezes em que eu acordei com você colando a carinha no meu rosto, só para procurar um afago. Eu era criança e hoje sou uma mulher. Você passou comigo por todos as dificuldades. Em todos os momentos em que eu me sentia triste, era com você que eu desabafava e chorava por horas! Sempre te contei tudo, e mesmo que você nunca tenha respondido uma palavra, tenho certeza que me entendia mais do que qualquer um que já tenha me dado qualquer conselho. Sei que reclamei muito disso, mas eu adorava quando você vinha me cutucar, pedindo pelo amor de Deus pelo pedaço do frango que eu estava comendo. Achava lindo quando tentava pegar minha sombra na parede, e quando arregalava os olhos quando te coçava a barriga. Vou sentir falta de você e da sua companhia. Já estou sentindo. Agradeço a Deus que tenha sido tudo muito rápido, porque você sempre foi tão bom, que não merecia passar por nenhum sofrimento. Mas agora que eu preciso de você, deitado no meu colo... Acabou. E por mais que eu soubesse que esse dia chegaria, acreditar que aconteceu é muito dolorido. Eu te amo tanto!
Descobrindo, aos 28 anos, que ser mulher é muito mais do que sempre imaginei.
Mãe do Mateus, que me ensina tanto todos os dias sobre como ser alguém melhor e que faz o melhor que pode.