Sobre flores e amores
domingo, 26 de setembro de 2010
 
É estranho.
Você passa meses esperando que alguma coisa aconteça, até que, numa sexta-feira à noite, sob o cobertor, vendo algum filme que você nem sequer sabe o nome, essa coisa acontece.
Aí, por alguma razão qualquer, você simplesmente não sente nada!
Não é muito esquisito? É como se você tivesse esperado todo esse tempo por uma brisa no seu rosto. Porque como uma brisa, é bom receber o que você esperava, mas não é nada muito emocionante, não acha?


Conversei muito com a minha mãe hoje.
Concordamos em um ponto: as pessoas são egoístas. Acham que tem alguma coisa, não ligam muito, mas quando isso quebra é que elas percebem como faz falta.
Sabe aquele bichinho de pelúcia que seu primeiro namorado te deu, que está jogado no armário há séculos, mas que você só se lembra quando sua mãe resolve limpar tudo e acaba por doá-lo? Aí você briga com ela, porque aquele era o bichinho mais importante da sua vida e a perda vai ser irreparável, um trauma que até seus filhos vão carregar.
Mas você não pensa que a criança que ganhou aquele presente vai fazer muito melhor uso. Ele não vai mais ficar encostado no armário. Talvez agora mesmo ele esteja dormindo na cama dessa criança, passando a maior sensação de amor e proteção do mundo, igual acontecia quando era você que se agarrava nele.
E se você gosta tanto assim daquele ursinho (ou talvez seja um coelho ou um gato), vai saber que se ele tivesse qualquer sentimento, estaria muito mais feliz com o novo dono.


É como quando você termina seu namoro.
Você acha que seu namorado super apaixonado nunca vai te esquecer e que nunca mais vai ter outra.
Arranja um novo romance, fica muito bem até que numa tarde ensolarada de Setembro, dá de cara com ele e a nova namorada (muito linda, diga-se de passagem) no meio da praça de alimentação do shopping. Aposto como seu coração vai ficar muito pequeno para o seu corpo, vai até doer para conseguir bater dentro de você. Pelo menos uma vez nessa semana, você vai pensar que deveria ter ficado com ele.


Mas é a vida, que é que se pode fazer?
A fila anda, a roda gira, a roleta também.


Jenny

Marcadores: ,

 
Comentários: Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]





<< Página inicial

Minha foto
Nome:
Local: Sorocaba, SP, Brazil

Descobrindo, aos 28 anos, que ser mulher é muito mais do que sempre imaginei. Mãe do Mateus, que me ensina tanto todos os dias sobre como ser alguém melhor e que faz o melhor que pode.

Arquivos
maio 2009 / junho 2009 / julho 2009 / agosto 2009 / setembro 2009 / outubro 2009 / novembro 2009 / dezembro 2009 / janeiro 2010 / fevereiro 2010 / março 2010 / abril 2010 / maio 2010 / junho 2010 / julho 2010 / agosto 2010 / setembro 2010 / outubro 2010 / novembro 2010 / dezembro 2010 / janeiro 2011 / fevereiro 2011 / março 2011 / abril 2011 / outubro 2011 / novembro 2011 / dezembro 2011 / janeiro 2012 / março 2012 / setembro 2013 / abril 2016 / novembro 2016 / janeiro 2017 / julho 2018 /


Powered by Blogger

Assinar
Postagens [Atom]