O café de ontem não me sai da cabeça!Me lembro ainda de todos os sorrisos de Jason, é impossível não se derreter diante dele.
É tão estranho olhar para ele. Não sei se realmente desisti, como havia imaginado, mas me sinto diferente.
Deve ser a saudade que andei sentido.
Acho que a última vez que nos cruzamos e realmente paramos para conversar, foi antes de seu aniversário (o qual, aliás, eu me esqueci e só dei os parabéns uma semana depois, por e-mail).
Devia ter feito uma super festa surpresa de pós-aniversário lá no escritório, talvez sentisse que eu me importava mais...
O bom na conversa de ontem é que me senti um pouco mais liberta daquela obsessão que me segurava.
Claro, não dá para esquecer uma paixão (ainda que platônica) do dia para a noite, e encontrar com ele ainda mexe comigo. E muito, por sinal.
Mas ainda tenho esperança de que logo isso passe, mas que mesmo assim, possamos ser amigos, porque tem pessoas que não devem nunca sair de perto da gente.
Jason é diferente de qualquer outro que eu venha a conhecer.
Bom, hoje fui ao circo com ele. Não com Jason, claro. Com a peste do priminho.
Cada segundo ao lado daquela criatura equivale a horas de tortura.
Xingou o palhaço, quase apanhou do chimpanzé e ainda teve coragem de roubar para vencer a brincadeira da qual participou no picadeiro. Deixou a menina, sua adversária, chorando.
Achei que fossem chamar o IBAMA para me prender por tráfico de animais, porque estava louca para vendê-lo ao dono do circo.
Como é que pode? Não tem nem dez anos e já possui uma mente criminosa mais perigosa que a de um serial killer!
A mãe dele deve ter dado cintadas com fivela de aço quente quando era criança, porque não é possível ser tão revoltado.
Jenny
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