Sobre flores e amores
terça-feira, 4 de maio de 2010
 
Nunca sonhei tanto como na última noite.
Acho que meu espírito é que saiu do corpo e foi dar uma volta por aí, porque não é possível sonhar tanto, lembrar dos detalhes e tudo mais...
Era um roseiral esplendoroso, as flores tinham um tom rosado tão vivo, que quase brilhavam! O campo não tinha fim (ou pelo menos meus olhos não o enxergavam). Aquela cor intensa das rosas contrastava com o azul do céu. Aliás, um tom que jamais poderia ser copiado, só Deus mesmo é que poderia fazer algo tão limpo e tão perfeito.
Eu estava vestida de branco, com os cabelo soltos e sem meus óculos, mas podia ver com nitidez cada detalhe daquela imagem que mais parecia pintura.
Por alguma razão, o sonho me trouxe uma paz inacreditável, como se nada fosse capaz de me atingir. Me sentia livre e capaz de fazer qualquer coisa que quisesse.
Ouvia um som meio distante, como uma música ambiente, e uma voz masculina conduzia a canção.
Comecei a procurar de onde vinha, e parecia que conseguia me aproximar daquela melodia, mas demorei muito a encontrar quem a tocava e cantava.
Era um lindo rapaz, cabelos curtos e levemente cacheados, num tom dourado muito bonito. Seus olhos transmitiam felicidade e seu sorriso aumentava a sensação de paz que tomara que conta de mim. Tinha lábios fartos e bonitos.
Se vestia de branco, como eu, e a camiseta era preenchida por um corpo definido que, se me abraçasse, me faria sentir tão segura que eu poderia jamais sair daquele abraço.
Estava sentado num dos raros espaços entre as roseiras, segurando um violino.
Fiz algumas perguntas sobre o lugar, e queria saber quem era ele.
Algo me intrigava, mas demorei a perceber o que era. Notei então, conforme falava, que sempre parecia escorregadio, respondia com meias frases e palavras nunca tão claras quanto eu gostaria de ouvir.
Mas não importava. Poderia olhar para ele por horas, ouvir sua voz até que não conseguisse mais falar, porque algo naquele cara me fazia sentir feliz e completa.
Aí foi que eu acordei com a estranha sensação de que algo me faltava.
Nunca abro a janela ao acordar, mas nessa manhã, senti vontade de fazê-lo - e fiz.
Quando olhei para o jardim, vi minha roseira com um único botão, prestes a se abrir. E a luz do sol que batia ali, me fazia ver sua cor, num tom rosa tão vivo quanto nas flores do sonho.
Não sei, mas decerto é um sinal divino ou coisa do tipo. E pela primeira vez na vida, não tenho medo, porque aquele moço que cantava no meu sonho, me fazia sentir pronta para qualquer coisa.

Tá certo, parece uma alucinação minha, mas realmente mexeu com algo dentro de mim.

Jenny

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Descobrindo, aos 28 anos, que ser mulher é muito mais do que sempre imaginei. Mãe do Mateus, que me ensina tanto todos os dias sobre como ser alguém melhor e que faz o melhor que pode.

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