Cara, não consigo acreditar que aceitei cuidar do pestinha.Sim, ele está de volta. O primo.
É assustador pensar que enquanto eu vejo meus e-mails, ele está na sala, assistindo televisão (e eu torço para que não seja nada pornográfico).
Tenho medo de dar uns passos em direção ao sofá e me deparar com paredes sujas e riscadas, aparelho de som quebrado e tapete recortado.
O bom de lidar com tal criatura, é que vou percebendo como são as coisas, será uma experiência muito útil para meu futuro como mãe. Quer dizer... Se é que um dia serei mãe, porque achar um pai para as minhas crianças é que vai ser complicados. Baleias tem uma vida sentimental quase inexistente.
Acho que farei pipoca para encher a barriga dele e, quem sabe, depois não pega no sono, não é?
Ou quem sabe chame uma pizza com muito queijo.
O pior é que ele sempre quer sobremesa, mas aqui nunca tem nada (pelo menos nada que eu queira dar para o animal).
Um dia vou descobrir um carinho escondido por esse ser maligno.
É estranho cruzar com Jason no escritório... Só falta fazer de conta que não me conhece.
E a pior parte é que não consigo deixar de gostar dele! Sei lá, algo me prende nisso.
Tentei me envolver com Gabriel, mas não consegui. Quando saíamos juntos, o chamava várias vezes pelo nome de Jason, falava tudo sobre o escritório e nossos encontros desastrosos, dizia o tempo todo como havia sido apaixonada por ele. O problema foi descobrir que o verbo dessa última parte, estava conjugado de forma errada. Deveria estar no presente.
Jason, se você tivesse ideia de como eu te gosto e de como me faz falta, não seria tão cruel comigo.
Indiferença é pior que ódio.
Jenny
Marcadores: menina-moça, sobre flores e amores