Acordei sentindo tanta saudade dela...Me lembro de como dançava toda vez que a música da novela tocava, de como cantava toda vez que ouvia uma canção que lhe trazia boas lembranças. Lembro de como adorava sons. Certa vez me disse que não sabia cantar bem, mas que suas mãos sabiam seguir o ritmo de tudo o que lhe agradava, e por isso, vivia "batucando", dando tapinhas por todo canto.
Sinto muita saudade dos finais de ano em que passávamos horas e horas na cozinha, e eu adorava vê-la fazendo a sobremesa, ficava muito feliz quando me sobrava alguma coisa no fundo da panela ou um pouco de glacê.
Odeio distâncias. Odeio.
Não só a distância física, porque alguém que mora longe pode muito bem estar sempre comigo. Mas essa coisa de não saber exatamente o que acontece me deixa meio nervosa. Não que eu tenha duvidado algum dia do seu amor, mas sei lá... Ainda não sei como é lá onde ela está.
Comprei flores. Umas margaridas amarelas com um jeito alegre, me lembram o campo, o sol...
E também ganhei outro ovo de Páscoa, e a primeira metade já foi.
Aliás, além da Páscoa, no próximo final de semana já é aniversário da minha irmã caçula.
Que é que eu dou de presente?
Estou morrendo de saudade daquela coisinha. Faz tempo que não nos vemos, desde que saí de casa, pouco vejo meus pais e irmãos.
Família me faz uma falta que não dá pra mensurar.
Eles são a minha parte mais importante.
Já não sei mais o que faço com isso aqui dentro.
E sei que pareço depressiva, mas a verdade é que nunca estive tão feliz! Há muito tempo não me sentia assim.
Só sinto que algo me falta. Acho que sou uma caixa de chocolates, mas um bombom está faltando em mim.
Jenny
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